domingo, 28 de outubro de 2012

Criar Email


Criar o email: entrar no google, procurar BOL - Clicar - "Crie sua conta de email grátis".


Criar a conta com o primeiro e o último nome. Sem apelidos. Anotar email e senha.

Enviar um email para MAHELENAPEREIRA@BOL.COM.BR contendo seu email, senha, nome e série.

Enviar um 2º email, contendo: Uma pequena biografia sobre você. Em forma de texto, colocar: nome, idade, família, casa, coisas que gosta, coisas que não gosta, comida, etc. Escrever também sobre o futuro: o que tem vontade de ser quando for adulto: estudo, trabalho, profissão.

Acrescentar no email, o texto sobre o animal escolhido (pesquisa sobre animais da mata atlântica).

Após a correção, você receberá o texto corrigido para ser publicado no blog.

Bom trabalho!

The GIMP 2.8.2 (Editor de Imagem)



O GNU Image Manipulation Program, mais conhecido pelo acrônimo GIMP, é o editor de imagens gratuito e open source mais famoso do mundo. Apontado como uma das melhores alternativas ao caríssimo Photoshop, o aplicativo reúne uma série de recursos ideais tanto para uso caseiro e amador quanto para aplicações comerciais e profissionais.




Para baixar o programa: http://www.baixaki.com.br/download/the-gimp.htm

Para baixar o manual: http://p.download.uol.com.br/ziggi/ebook/manual-gimp.pdf


Pivot Stickfigure Animator 3.1 Beta




Pivot Stickfigure Animator trabalha facilmente com pequenas animações. Movendo os objetos quadro a quadro é possível criar uma cadeia de animação dinâmica.
Além de criar os tradicionais bonequinhos, use sua criatividade para montar figuras como veículos, animais e tudo o que puder imaginar!Na opção Edit o boneco e suas respectivas articulações são exibidos, possibilitando ajustes ou até mesmo desenvolvimento de outras formas com círculos e linhas. Para completar há uma barra de controle de velocidade.Em primeiro lugar você precisa criar seu personagem. Se desejar editar alguma característica do seu boneco, vá a Edit e selecione os botões auto-explicativos no menu que se abre. Para inserir outro boneco/modelo, basta ir à opção Add Figure. Os planos de fundo são inseridos através do menu File > Load Background.Depois de ter criado seu personagem, posicione os elementos adequadamente e vá clicando em Next Frame para prosseguir até o quadro seguinte.



Clique para baixar e leia mais em: http://www.baixaki.com.br/download/pivot-stickfigure-animator.htm#ixzz22pF5lCmo

Vídeos com algumas animações:
http://www.youtube.com/watch?v=qVHKGRfhzKo&feature=player_embedded

Tutorial: acesso à vídeo aula 1 (depois é só procurar as seguintes):
http://www.youtube.com/watch?v=AZi3QskUVsg 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Projeto Zooescola - Enciclopédia de Animais da Mata Atlântica

Objetivos

Perceber que os seres vivos mantêm relações de dependência entre si e o meio, e que cada espécie tem maneiras próprias de viver;
Ser capaz de coletar dados e informações;
Discernir conhecimento científico de crendices e superstições;
Avaliar a importância da preservação dos seres vivos para o equilíbrio da natureza;
Desenvolver valores como responsabilidade, organização, cooperação, respeito, disciplina e solidariedade no trabalho em grupo;
Desenvolver as habilidades de leitura, escrita e da utilização do computador como instrumento tecnológico na elaboração de montagem das atividades propostas que envolvam textos e figuras;
Desenvolver técnicas de pesquisa, de modo que consiga selecionar aquilo que é pertinente ao trabalho proposto;
Desenvolver as ferramentas básicas do Internet Explorer, sites de busca e Power Point XP. 

Recursos

No laboratório: Internet, Word XP, Power Point XP, Paint.
Em sala de aula: Livros, Enciclopédias e Revistas.


Sites para consulta (Material de Apoio)

• https://www.google.com.br/
• http://www.saudeanimal.com.br/zoo.htm
• http://www.petrobras.com.br/pt/meio-ambiente-e-sociedade/preservando-meio-ambiente/
• http://www.zoologico.com.br/
• http://www.sosma.org.br/


Procedimento


Escolha um animal de Mata Atlântica.

Faça uma pesquisa sobre ele e anote (pode ser no word e salve em sua pasta de trabalho): nome popular, nome científico, família, características, alimentação, habitat, distribuição geográfica, reprodução (gestação, caracteríticas, quantidade de ovos ou filhotes). Salve também fotos, desenhos, mapas referente à distribuição geográfica.

Crie uma apresentação de Power Point com hiperlinks e distribua toda a pesquisa de forma que cada tema fique em um slide (se for muito texto, pode-se dividir em mais de um slide). Distribua as fotos e crie um slide com um indíce. Insira hiperlinks do indíce para os temas e botões de acesso de uma página para outra ou para voltar ao menu.

O conjunto de todas as apresentações produzidas pelos alunos, serão parte de uma Enciclopédia Interativa de Animais da Mata Atlântica.

Roteiro para o trabalho

Em livros, enciclopédias ou Internet será feita uma pesquisa inicial com nome científico, nomes populares, habital, distribuição geográfica.
No laboratório, os alunos criarão um documento de Power Point para o animal, onde o 1º slide será a capa e o 2º a ficha (que servirá de menu para a apresentação, com o uso de hiperlinks). O plano de fundo será escolhido pelo aluno, fundo simples com cor única ou uma imagem do animal em seu habitat em marca d’água.
Com a utilização dos sites de busca na Internet, os alunos reunirão imagens do animal e do habitat.
Ainda na Internet, os alunos pesquisarão o conteúdo para cada slide e imagens referente ao assunto: características físicas do animal, família, ordem ao qual pertencem (3º slide); estrutura do corpo (4º slide); estudo do habitat mais detalhado (5º slide); curiosidades sobre o animal, família ou ordem, risco de extinção, etc (6º slide); reprodução e gestação (7º slide); hábitos alimentares (8º slide). O conteúdo encontrado deverá ser anotado resumidamente e digitado na apresentação.
Caso não encontrem um mapa, no Paint, com a utilização de um mapa do Brasil, a partir da pesquisa os alunos poderão localizar a distribuição geográfica do animal colorindo os espaços onde o animal é encontrado. Essa imagem será inserida no 8º slide.
As imagens poderão ser inseridas em outros slides como um banco de fotos (9º, 10º...).
No último slide os alunos deverão acrescentar os créditos do trabalho (nome dos alunos, nome da professora, data, bibliografia).
No 2º slide, deverão ser inseridos pequenas imagens, ícones, desenhos, pequenas fotos, caixas de texto, servirão de hiperlinks para todos os slides. Em cada slide, deverá ser inserido um ícone para retornar ao menu. Portanto, a ordem dos slides não importa, pois a visualização da apresentação dependerá do usuário.
Para finalizar o trabalho, a professora criará uma apresentação principal onde o menu levará para cada animal, portanto, para cada trabalho, e retornando para o mesmo.

Bom Trabalho!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Projeto Zooescola - Consciência Ecológica

Atividade 1: História das Coisas

Da extração e produção até a venda, consumo e descarte, todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos.
História das Coisas é um documentário de 20 minutos, direto, passo a passo, baseado nos subterrâneos de nossos padrões de consumo.
História das Coisas revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo.
História das Coisas nos ensina muita coisa, nos faz rir, e pode mudar para sempre a forma como vemos os produtos que consumimos em nossas vidas.

A História da Água Engarrafada - Leg: http://www.youtube.com/watch?v=AM9G7RtXlFQ&feature=related
A História dos Eletrônicos - Leg: http://www.youtube.com/watch?v=EcPz7QFYjWY&feature=related

1. Qual princípio você reconhece no vídeo "História das Coisas"? Relacione-o com pelo menos uma cena do vídeo.

Atividade 2: O que é consciência ecológica?

2. De acordo com a sua opinião, o que é consciência ecológica?

Atividade 3: Consciência Ambiental

Não vamos nos iludir que salvaremos o mundo simplesmente praticando lixo ao cesto. A conscientização ambiental é uma escada e a maioria das pessoas ainda está nos primeiros degraus.

Tipos ecológicos ou nada ecológicos

Leia a lista abaixo, clique nos links para saber mais. De acordo com seus hábitos de consumo, escolha o tipo que representa você e sua família. Sugira o que você pode fazer para avançar um nível ou indique o que impede você de mudar de nível. 

O consumista de alto impacto está no topo da cadeia predatória do meio ambiente. Ele é minoria na população, pois está associado com renda alta, mas o estrago que causa é muito alto... 

A maior parte da população se enquadra no tipo alienado básico. Apesar de não fazer nada pelo meio ambiente o alienado básico tem impacto ambiental médio porque seu padrão de vida é modesto...

Para ser um ecologista junior não é preciso muito esforço ou comprometimento. Se você ainda não entrou na onda verde, comece pelas coisas simples e fáceis: seja um ecologista junior...

Ser um ecologista pleno não é simples. A sociedade ainda não reconhece, nem valoriza esse tipo de comportamento. É claro que com o tempo, as pessoas vão imitá-lo e aí você poderá dizer que foi um pioneiro... 

São pessoas que levam a sério a questão ambiental, a ponto de adotarem um padrão de vida que a maioria ainda considera radical. Talvez no futuro, o modo de vida de um ecologista sênior seja considerado comum, mas isso veremos... 

3. De acordo com seus hábitos de consumo, escolha o tipo que representa você e sua família. Justifique e sugira o que você pode fazer para avançar o nível.

Referências

Econservar: Consciência Ambiental no Cotidiano. Disponível em <http://radames.manosso.nom.br/ambiental/>. Acesso em: 05 set. 2012.
Free Range Studios. História das Coisas. 2007. Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=7qFiGMSnNjw&feature=related>. Acesso em: 05 set. 2012.
The Story of Stuff Project. 2007. Disponível em <http://www.storyofstuff.org/movies-all/story-of-stuff/. Acesso em: 28 out. 2012.




quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Projeto Lembrar

Elabore cinco leis que deveriam ser adotadas, protegendo os direitos das minorias e evitando a tirania. Entregue suas anotações.

Material de Apoio:

Lei no. 8069 - Estatuto da Criança e do Adolescente: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm

Declaração Universal dos Direitos Humanos: http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm

Lei no. 10741 - Estatuto do Idoso
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Projeto Lembrar: Mensagens para um Futuro mais Tolerante

"A maioria do povo alemão seguia fielmente Hitler. E não o fazia por medo ou temor, mas por acreditar naquilo que Hitler tinha a lhes oferecer. O sentimento de dignidade e orgulho nacional foi muito bem manipulado pelos nazistas."

Após assistir o vídeo: Mensagens para um Futuro mais Tolerante. (Projeto Lembrar, elaborado pelo Centro da Cultura Judaica), responda as perguntas e publique as respostas. 

1. Por que os judeus se subjugaram aos alemães sem resistência?
2. Qual a importância do filme? (Qual a mensagem que o filme transmitiu?)
3. O que é liberdade?
4.Por que os judeus que sobreviveram não sabiam o que fazer quando foram libertados?

Publique suas respostas como comentário anônimo desta postagem. Acrescente nome e série. 

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Projeto Zooescola - Carta da Terra

A Carta da Terra inspira-se em uma variedade de fontes, incluindo a ecologia e outras ciências contemporâneas, as tradições religiosas e as filosóficas do mundo, a literatura sobre ética global, o meio ambiente e o desenvolvimento, a experiência prática dos povos que vivem de maneira sustentada, além das declarações e dos tratados intergovemamentais e não-governamentais relevantes. O site também traz informações sobre a história e as atividades que envolvem a Carta da Terra.

Ativdade 1: 

Para realizar a tarefa, consulte o texto, na integra, no material impresso ou pelo link ou veja os vídeos.

Consulte o texto na íntegra: http://www.cartadaterrabrasil.org/prt/text.html

Assista aos vídeos:
Parte 1: Do início até o 5º princípio - http://www.youtube.com/watch?v=GaWqa3ftQrs
Parte 2: Do 6º até o 11º princípio - http://www.youtube.com/watch?v=5mnqoAi7eW4&feature=relmfu
Parte 3: Do 12º princípio até o final - http://www.youtube.com/watch?v=5fpGS32h5yg&feature=relmfu

1. Escolha um princípio, leia-o na íntegra (no material impresso, online na Internet ou arquivo em pdf disponível) e comente, dando a sua opinião e um exemplo de uma atitude sua, ou de outra pessoa que já teve conhecimento, que represente ou exemplifique o princípio escolhido. Anote no seu caderno.

2. Compartilhe sua escolha na roda de conversa. Escolha um exemplo descrito pelo seu colega e comente. Dê a a sua opinião, se concorda ou não e como você faria para que o princípio seja colocado em prática.

Atividade 2: 

3. Das ações citadas no website http://www.cartadaterrabrasil.org/prt/involved.html, quais você é capaz de fazer?

Atividade 3: 

Veja o mundo através das lentes da Carta...
A Carta da Terra Internacional esta lançando a Campanha de Comunicação 2012 Carta da Terra e Rio+20 com o slogan “Veja o mundo através das lentes da Carta da Terra”. Essa campanha conta com dois vídeos de um minuto cada um para serem transmitidos através de canais de televisão, com publicidade impressa, uma exposição e mais.

4. Assista ao vídeo e responda: De que forma esse vídeo contribui para divulgação da Carta da Terra?

Referências:

A Carta da Terra em ação. Disponível em <http://www.cartadaterrabrasil.org/prt/text.html>. Acesso em: 06 ago. 2012.
VIANA, Valeria. Carta da Terra para crianças. Porto Alegre: Naia, 2003. Disponível em <http://www.parceirosvoluntarios.org.br/images/Capa/file/CTparacriancasNAIA.pdf>. Acesso em: 06 ago. 2012.


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Projeto Zooescola - Mata Atlântica



Castelo dos Bugres - Joinville - SC Foto: Wigold B. Schaffer

Este bioma ocupa uma área de 1.110.182 Km², corresponde 13,04% do território nacional e que é constituída principalmente por mata ao longo da costa litorânea que vai do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. A Mata Atlântica passa pelos territórios dos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, e parte do território do estado de Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. A Mata Atlântica apresenta uma variedade de formações, engloba um diversificado conjunto de ecossistemas florestais com estrutura e composições florísticas bastante diferenciadas, acompanhando as características climáticas da região onde ocorre.

Cerca de 70% da população brasileira vive no território da Mata Atlântica, as nascentes e mananciais abastecem as cidades, esse é um dos fatores que tem contribuído com os problemas de crise hídrica, associados à escassez, ao desperdício, à má utilização da água, ao desmatamento e à poluição.

A biodiversidade da Mata Atlântica é semelhante à da Amazônia. Mico-leão-dourado, onça-pintada, bicho-preguiça, capivara. Estes são alguns dos mais conhecidos animais que vivem na Mata Atlântica. Mas a fauna do bioma onde estão as principais cidades brasileiras é bem mais abrangente do que nossa memória pode conceber. São, por exemplo, 261 espécies conhecidas de mamíferos. Isto significa que, se acrescentássemos à nossa lista inicial o tamanduá-bandeira, o tatu-peludo , a jaguatirica, e o cachorro-do-mato, ainda faltariam 252 mamíferos para completar o total de espécies dessa classe na Mata Atlântica.

O mesmo acontece com os pássaros, répteis, anfíbios e peixes. A garça, o tiê-sangue, o tucano, as araras, os beija-flores e periquitos. A jararaca, o jacaré-do-papo-amarelo, a cobra-coral, o sapo-cururu, a perereca-verde e a rã-de-vidro. Ou peixes conhecidos como o dourado, o pacu e a traíra. Esses nomes já são um bom começo, mas ainda estão longe de representar as 1020 espécies de pássaros, 197 de répteis, 340 de anfíbios e 350 de peixes que são conhecidos até hoje no bioma. Sem falar de insetos e demais invertebrados e das espécies que ainda nem foram descobertas pela ciência e que podem estar escondidas bem naquele trecho intacto de floresta que você admira quando vai para o litoral.

Outro número impressionante da fauna da Mata Atlântica se refere ao endemismo, ou seja, as espécies que só existem em ambientes específicos dentro desse bioma. Das 1711 espécies de vertebrados que vivem ali, 700 são endêmicas, sendo 55 espécies de mamíferos, 188 de aves, 60 de répteis, 90 de anfíbios e 133 de peixes. Os números impressionantes são um dos indicadores desse bioma como o de maior biodiversidade na face da Terra.

A grande riqueza da biodiversidade na Mata Atlântica também é responsável por surpresas, como as descobertas de novas espécies de animais. Recentemente, foram catalogadas a rã-de-alcatráses e a rã-cachoeira, os pássaros tapaculo-ferrerinho e bicudinho-do-brejo, os peixes Listrura boticario e o Moenkhausia bonita, e até um novo primata, o mico-leão-de-cara-preta, entre outros habitantes.

As áreas de domínio (área cuja vegetação clímax era esta formação vegetal) abrangia total ou parcialmente dezessete estados, conforme mostrado na tabela ao lado.

A área original era 1.315.460 km², 15% do território brasileiro. Atualmente o remanescente é 102.012 km², 7,91% da área original.

Fonte: http://www.ibflorestas.org.br/pt/bioma-mata-atlantica.html . Acesso em 25/06/2012.

Mapa comparativo

Mapa Comparativo da Incidência da Mata Atlântica no Brasil entre 1500 e 2007.
Fonte: SOS Mata Atlântica e INPE

Pesquise: Cite os fatores que levaram ao grande desmatamento da Mata Atlântica desde 1500 até hoje.

Responda: Dos fatores que citados na pesquisa, qual você acha que colaborou mais para o desmatamento da floresta?



quinta-feira, 21 de junho de 2012

O GATO PRETO - Edgar Allan Poe


EDGAR ALLAN POE
Poe nasceu em 1809 e morreu em 1849. Sua obra é vasta em qualidade artística e transita por diversos gêneros. O autor escreveu desde poemas até novelas, porém os contos são considerados a parte mais relevante de sua obra. “Crimes na rua Morgue”, short story de sua autoria, inaugura, em 1841, o gênero policial. No entanto, o autor norte-americano pode ser considerado um escritor fantástico antes de ser contista policial, pois suas obras vão muito além de tramitações de crimes. Os crimes de Edgar Allan Poe costumam ser envoltos em situações sobrenaturais, enigmáticas e misteriosas; causando hesitação, curiosidade e aguçando a perspicácia de seus leitores.

Edgar Allan Poe. Fonte: Wikipedia


O GATO PRETO


Não espero nem peço que se dê crédito à história sumamente extraordinária e, no entanto, bastante doméstica que vou narrar. Louco seria eu se esperasse tal coisa, tratando-se de um caso que os meus próprios sentidos se negam a aceitar. Não obstante, não estou louco e, com toda a certeza, não sonho. Mas amanhã posso morrer e, por isso, gostaria, hoje, de aliviar o meu espírito. Meu propósito imediato é apresentar ao mundo, clara e sucintamente, mas sem comentários, uma série de simples acontecimentos domésticos. Devido a suas conseqüências, tais acontecimento me aterrorizaram, torturaram e destruíram. No entanto, não tentarei esclarecê-los. Em mim, quase não produziram outra coisa senão horror - mas, em muitas pessoas, talvez lhes pareçam menos terríveis que grotescos. Talvez, mais tarde, haja alguma inteligência que reduza o meu fantasma a algo comum - uma inteligência mais serena, mais lógica e muito menos excitável do que a minha, que perceba, nas circunstâncias a que me refiro com terror, nada mais do que uma sucessão comum de causas e efeitos muito naturais.
Desde a infância, tornaram-se patentes a docilidade e o sentido humano de meu caráter. A ternura de meu coração era tão evidente, que me tornava alvo dos gracejos de meus companheiros. Gostava, especialmente, de animais, e meus pais me permitiam possuir grande variedade deles. Passava com eles quase todo o meu tempo, e jamais me sentia tão feliz como quando lhes dava de comer ou os acariciava. Com os anos, aumentou esta peculiaridade de meu caráter e, quando me tornei adulto, fiz dela uma das minhas principais fontes de prazer. Aos que já sentiram afeto por um cão fiel e sagaz, não preciso dar-me ao trabalho de explicar a natureza ou a intensidade da satisfação que se pode ter com isso. Há algo, no amor desinteressado, e capaz de sacrifícios, de um animal, que toca diretamente o coração daqueles que tiveram ocasiões freqüentes de comprovar a amizade mesquinha e a frágil fidelidade de um simples homem.
Casei cedo, e tive a sorte de encontrar em minha mulher disposição semelhante à minha. Notando o meu amor pelos animais domésticos, não perdia a oportunidade de arranjar as espécies mais agradáveis de bichos. Tínhamos pássaros, peixes dourados, um cão, coelhos, um macaquinho e um gato.
Este último era um animal extraordinariamente grande e belo, todo negro e de espantosa sagacidade. Ao referir-se à sua inteligência, minha mulher, que, no íntimo de seu coração, era um tanto supersticiosa, fazia freqüentes alusões à antiga crença popular de que todos os gatos pretos são feiticeiras disfarçadas. Não que ela se referisse seriamente a isso: menciono o fato apenas porque aconteceu lembrar-me disso neste momento.
Pluto - assim se chamava o gato - era o meu preferido, com o qual eu mais me distraía. Só eu o alimentava, e ele me seguia sempre pela casa. Tinha dificuldade, mesmo, em impedir que me acompanhasse pela rua.
Nossa amizade durou, desse modo, vários anos, durante os quais não só o meu caráter como o meu temperamento -enrubesço ao confessá-lo - sofreram, devido ao demônio da intemperança, uma modificação radical para pior. Tornava-me, dia a dia, mais taciturno, mais irritadiço, mais indiferente aos sentimentos dos outros. Sofria ao empregar linguagem desabrida ao dirigir-me à minha mulher. No fim, cheguei mesmo a tratá-la com violência. Meus animais, certamente, sentiam a mudança operada em meu caráter. Não apenas não lhes dava atenção alguma, como, ainda, os maltratava. Quanto a Pluto, porém, ainda despertava em mim consideração suficiente que me impedia de maltratá-lo, ao passo que não sentia escrúpulo algum em maltratar os coelhos, o macaco e mesmo o cão, quando, por acaso ou afeto, cruzavam em meu caminho. Meu mal, porém, ia tomando conta de mim - que outro mal pode se comparar ao álcool? - e, no fim, até Pluto, que começava agora a envelhecer e, por conseguinte, se tornara um tanto rabugento, até mesmo Pluto começou a sentir os efeitos de meu mau humor. Certa noite, ao voltar a casa, muito embriagado, de uma de minhas andanças pela cidade, tive a impressão de que o gato evitava a minha presença. Apanhei-o, e ele, assustado ante a minha violência, me feriu a mão, levemente, com os dentes. Uma fúria demoníaca apoderou-se, instantaneamente, de mim. Já não sabia mais o que estava fazendo.Dir-se-ia que, súbito, minha alma abandonara o corpo, e uma perversidade mais do que diabólica, causada pela genebra, fez vibrar todas as fibras de meu ser.Tirei do bolso um canivete, abri-o, agarrei o pobre animal pela garganta e, friamente, arranquei de sua órbita um dos olhos! Enrubesço, estremeço, abraso-me de vergonha, ao referir-me, aqui, a essa abominável atrocidade.
Quando, com a chegada da manhã, voltei à razão - dissipados já os vapores de minha orgia noturna -, experimentei, pelo crime que praticara, um sentimento que era um misto de horror e remorso; mas não passou de um sentimento superficial e equívoco, pois minha alma permaneceu impassível. Mergulhei novamente em excessos, afogando logo no vinho a lembrança do que acontecera.
Entrementes, o gato se restabeleceu, lentamente. A órbita do olho perdido apresentava, é certo, um aspecto horrendo, mas não parecia mais sofrer qualquer dor. Passeava pela casa como de costume, mas, como bem se poderia esperar, fugia, tomado de extremo terror, à minha aproximação. Restava-me ainda o bastante de meu antigo coração para que, a princípio, sofresse com aquela evidente aversão por parte de um animal que, antes, me amara tanto. Mas esse sentimento logo se transformou em irritação. E, então, como para perder-me final e irremissivelmente, surgiu o espírito da perversidade. Desse espírito, a filosofia não toma conhecimento. Não obstante, tão certo como existe minha alma, creio que a perversidade é um dos impulsos primitivos do coração humano - uma das faculdades, ou sentimentos primários, que dirigem o caráter do homem. Quem não se viu, centenas de vezes, a cometer ações vis ou estúpidas, pela única razão de que sabia que não devia cometê-las? Acaso não sentimos uma inclinação constante, mesmo quando estamos no melhor de nosso juízo, para violar aquilo que é lei, simplesmente porque a compreendemos como tal? Esse espírito de perversidade, digo eu, foi a causa de minha queda final. O vivo e insondável desejo da alma de atormentar-se a si mesma, de violentar sua própria natureza, de fazer o mal pelo próprio mal, foi o que me levou a continuar e, afinal, a levar a cabo o suplício que infligira ao inofensivo animal. Uma manhã, a sangue frio, meti-lhe um nó corredio em torno do pescoço e enforquei-o no galho de uma árvore. Fi-lo com os olhos cheios de lágrimas, com o coração transbordante do mais amargo remorso. Enforquei-o porque sabia que ele me amara, e porque reconhecia que não me dera motivo algum para que me voltasse contra ele. Enforquei-o porque sabia que estava cometendo um pecado - um pecado mortal que comprometia a minha alma imortal, afastando-a, se é que isso era possível, da misericórdia infinita de um Deus infinitamente misericordioso e infinitamente terrível.
Na noite do dia em que foi cometida essa ação tão cruel, fui despertado pelo grito de "fogo!". As cortinas de minha cama estavam em chamas. Toda a casa ardia. Foi com grande dificuldade que minha mulher, uma criada e eu conseguimos escapar do incêndio. A destruição foi completa. Todos os meus bens terrenos foram tragados pelo fogo,e, desde então, me entreguei ao desespero.
Não pretendo estabelecer relação alguma entre causa e efeito - entre o desastre e a atrocidade por mim cometida. Mas estou descrevendo uma seqüência de fatos, e não desejo omitir nenhum dos elos dessa cadeia de acontecimentos. No dia seguinte ao do incêndio, visitei as ruínas. As paredes, com exceção de uma apenas, tinham desmoronado. Essa única exceção era constituída por um fino tabique interior, situado no meio da casa, junto ao qual se achava a cabeceira de minha cama. O reboco havia, aí, em grande parte, resistido à ação do fogo - coisa que atribuí ao fato de ter sido ele construído recentemente. Densa multidão se reunira em torno dessa parede, e muita pessoas examinavam, com particular atenção e minuciosidade, uma parte dela. As palavras "estranho!", "singular!", bem como outras expressões semelhantes, despertaram-me a curiosidade. Aproximei-me e vi, como se gravada em baixo-relevo sobre a superfície branca, a figura de um gato gigantesco. A imagem era de uma exatidão verdadeiramente maravilhosa. Havia uma corda em torno do pescoço do animal.
Logo que vi tal aparição - pois não poderia considerar aquilo como sendo outra coisa -, o assombro e terror que se me apoderaram foram extremos. Mas, finalmente, a reflexão veio em meu auxílio.O gato, lembrei-me, fora enforcado num jardim existente junto à casa. Aos gritos de alarma, o jardim fora imediatamente invadido pela multidão. Alguém deve ter retirado o animal da árvore, lançando-o, através de uma janela aberta, para dentro do meu quarto. Isso foi feito, provavelmente, com a intenção de despertar-me. A queda das outras paredes havia comprimido a vítima de minha crueldade no gesso recentemente colocado sobre a parede que permanecera de pé. A cal do muro, com as chamas e o amoníaco desprendido da carcaça produzira a imagem tal qual eu agora a via.
Embora isso satisfizesse prontamente minha razão, não conseguia fazer o mesmo, de maneira completa, com minha consciência, pois o surpreendente fato que acabo de descrever não deixou de causar-me, apesar de tudo, profunda impressão. Durante meses, não pude livrar-me do fantasma do gato e, nesse espaço de tempo, nasceu em meu espírito uma espécie de sentimento que parecia remorso, embora não o fosse. Cheguei, mesmo, a lamentar a perda do animal e a procurar, nos sórdidos lugares que então freqüentava, outro bichano da mesma espécie e de aparência semelhante que pudesse substituí-lo.
Uma noite, em que me achava sentado, meio aturdido, num antro mais do que infame, tive a atenção despertada, subitamente, por um objeto negro que jazia no alto de um dos enormes barris, de genebra ou rum, que constituíam quase que o único mobiliário do recinto.Fazia já alguns minutos que olhava fixamente o alto do barril, e o que então me surpreendeu foi não ter visto antes o que havia sobre o mesmo. Aproximei-me e toquei-o com a mão. Era um gato preto, enorme - tão grande quanto Pluto - e que, sob todos os aspectos, salvo um, se assemelhava a ele. Pluto não tinha um único pêlo branco em todo o corpo - e o bichano que ali estava possuía uma mancha larga e branca, embora de forma indefinida, a cobrir-lhe quase toda a região do peito.
Ao acariciar-lhe o dorso, ergueu-se imediatamente, ronronando com força e esfregando-se em minha mão, como se a minha atenção lhe causasse prazer. Era, pois, o animal que eu procurava. Apressei-me em propor ao dono a sua aquisição, mas este não manifestou interesse algum pelo felino. Não o conhecia; jamais o vira antes.
Continuei a acariciá-lo e, quando me dispunha a voltar para casa, o animal demonstrou disposição de acompanhar-me. Permiti que o fizesse - detendo-me, de vez em quando, no caminho, para acariciá-lo. Ao chegar, sentiu-se imediatamente à vontade, como se pertencesse a casa, tornando-se logo, um dos bichanos preferidos de minha mulher.
De minha parte, passei a sentir logo aversão por ele. Acontecia, pois, justamente o contrário do que eu esperava.Mas a verdade é que - não sei como nem por quê - seu evidente amor por mim me desgostava e aborrecia. Lentamente, tais sentimentos de desgosto e fastio se converteram no mais amargo ódio. Evitava o animal. Uma sensação de vergonha, bem como a lembrança da crueldade que praticara, impediam-me de maltratá-lo fisicamente. Durante algumas semanas, não lhe bati nem pratiquei contra ele qualquer violência; mas, aos poucos - muito gradativamente -, passei a sentir por ele inenarrável horror, fugindo, em silêncio, de sua odiosa presença, como fugisse de uma peste.
Sem dúvida, o que aumentou o meu horror pelo animal foi a descoberta, na manhã do dia seguinte ao que o levei para casa, que, como Pluto, também havia sido privado de um do olhos. Tal circunstância, porém, apenas contribuiu para que minha mulher sentisse por ele maior carinho, pois, como já disse, era dotada, em alto grau, dessa ternura de sentimentos que constituíra, em outros tempos, um de meus traços principais, bem como fonte de muitos de meus prazeres mais simples e puros.
No entanto, a preferência que o animal demonstrava pela minha pessoa parecia aumentar em razão direta da aversão que sentia por ele. Seguia-me os passos com uma pertinácia que dificilmente poderia fazer com que o leitor compreendesse. Sempre que me sentava, enrodilhava-se embaixo de minha cadeira, ou me saltava ao colo, cobrindo-me com suas odiosas carícias. Se me levantava para andar, metia-se-me entre as pernas e quase me derrubava, ou então, cravando suas longas e afiadas garras em minha roupa, subia por ela até o meu peito. Nessas ocasiões, embora tivesse ímpetos de matá-lo de um golpe, abstinha-me de fazê-lo devido, em parte, à lembrança de meu crime anterior, mas, sobretudo - apresso-me a confessá-lo -, pelo pavor extremo que o animal me despertava.
Esse pavor não era exatamente um pavor de mal físico e, contudo, não saberia defini-lo de outra maneira. Quase me envergonha confessar - sim, mesmo nesta cela de criminoso -, quase me envergonha confessar que o terror e o pânico que o animal me inspirava eram aumentados por uma das mais puras fantasias que se possa imaginar. Minha mulher, mais de uma vez, me chamara a atenção para o aspecto da mancha branca a que já me referi,e que constituía a única diferença visível entre aquele estranho animal e o outro, que eu enforcara. O leitor, decerto, se lembrará de que aquele sinal, embora grande, tinha, a princípio, uma forma bastante indefinida. Mas, lentamente, de maneira quase imperceptível - que a minha imaginação, durante muito tempo, lutou por rejeitar como fantasiosa -, adquirira, por fim, uma nitidez rigorosa de contornos. Era, agora, a imagem de um objeto cuja menção me faz tremer... e, sobretudo por isso, eu o encarava como a um monstro de horror e repugnância, da qual eu, se tivesse coragem, me teria livrado. Era agora, confesso, a imagem de uma coisa odiosa, abominável: a imagem da forca! Oh, lúgubre e terrível máquina de horror e de crime, de agonia e de morte!
Na verdade, naquele momento eu era um miserável - um ser que ia além da própria miséria da humanidade. Era uma besta-fera, cujo irmão fora por mim desdenhosamente destruído... uma besta-fera que se engendrara em mim, insuportável infortúnio! Ai de mim! Nem de dia, nem de noite, conheceria jamais a bênção do descanso! Durante o dia, o animal não me deixava a sós um único momento; e, à noite, despertava de hora em hora, tomado do indescritível terror de sentir o hálito quente da coisa sobre o meu rosto, e o seu enorme peso - encarnação de um pesadelo que não podia afastar de mim - pousado eternamente sobre o meu coração!
Sob a pressão de tais tormentos, sucumbiu o pouco que restava em mim de bom. Pensamentos maus converteram-se em meus únicos companheiros - os mais sombrios e os mais perversos dos pensamentos. Minha rabugice habitual se transformou em ódio por todas as coisas e por toda a humanidade - e, enquanto eu, agora, me entregava cegamente a súbitos, freqüentes e irreprimíveis acesso de cólera, minha mulher - pobre dela! - não se queixava nunca, convertendo-se na mais paciente e sofredora das vítimas.
Um dia, acompanhou-me, para ajudar-me numa das tarefas domésticas, até o porão do velho edifício em que nossa pobreza nos obrigava a morar. O gato seguiu-nos e, quase fazendo-me rolar escada abaixo, me exasperou a ponto de perder o juízo. Apanhando uma machadinha e esquecendo o terror pueril que até então contivera minha mão, dirigi ao animal um golpe que teria sido mortal, se atingisse o alvo. Mas minha mulher segurou-me o braço, detendo o golpe. Tomado, então, de fúria demoníaca, livrei o braço do obstáculo que o detinha e cravei-lhe a machadinha no cérebro. Minha mulher caiu morta instantaneamente, sem lançar um gemido.
Realizado o terrível assassínio, procurei, movido por súbita resolução, esconder o corpo. Sabia que não poderia retirá-lo da casa, nem de dia nem de noite, sem correr o risco de ser visto pelos vizinhos. Ocorreram-me vários planos. Pensei, por um instante, em cortar o corpo em pequenos pedaços e destruí-los por meio do fogo. Resolvi, depois, cavar uma fossa no chão da adega. Em seguida, pensei em atirá-lo ao poço do quintal. Mudei de idéia e decidi mantê-lo num caixote, como se fosse uma mercadoria, na forma habitual, fazendo com que um carregador o retirasse da casa. Finalmente, tive uma idéia que me pareceu muito mais prática: resolvi emparedá-lo na adega, como faziam os monges da Idade Média com as suas vítimas.
Aquela adega se prestava muito bem para tal propósito. As paredes não haviam sido construídas com muito cuidado e, pouco antes, haviam sido cobertas, em toda a sua extensão, com um reboco que a umidade impedira de endurecer. Ademais, havia uma saliência numa das paredes, produzida por alguma chaminé ou lareira, que fora tapada para que se assemelhasse ao resto da adega. Não duvidei de que poderia facilmente retirar os tijolos naquele lugar, introduzir o corpo e recolocá-los do mesmo modo, sem que nenhum olhar pudesse descobrir nada que despertasse suspeita.
E não me enganei em meus cálculos. Por meio de uma alavanca, desloquei facilmente os tijolos e, tendo depositado ocorpo, com cuidado, de encontro à parede interior, segurei-o nesta posição, até poder recolocar, sem grande esforço, os tijolos em seu lugar, tal como estavam anteriormente. Arranjei cimento, cal e areia e, com toda a precaução possível, preparei uma argamassa que não se poderia distinguir da anterior, cobrindo com ela, escrupulosamente, a nova parede. Ao terminar, senti-me satisfeito, pois tudo correra bem. A parede não apresentava o menor sinal de ter sido rebocada. Limpei o chão com o maior cuidado e, lançando o olhar em torno, disse, de mim para comigo: "Pelo menos aqui, o meu trabalho não foi em vão".
O passo seguinte foi procurar o animal que havia sido a causa de tão grande desgraça, pois resolvera, finalmente, matá-lo. Se, naquele momento, tivesse podido encontrá-lo, não haveria dúvida quanto à sua sorte: mas parece que o esperto animal se alarmara ante aviolência de minha cólera, e procurava não aparecer diante de mim enquanto me encontrasse naquele estado de espírito. Impossível descrever ou imaginar o profundo e abençoado alívio que me causava a ausência de tão detestável felino. Não apareceu também durante a noite - e, assim, pela primeira vez, desde sua entrada em casa, consegui dormir tranqüilo e profundamente. Sim, dormi mesmo com o peso daquele assassínio sobre a minha alma.
Transcorreram o segundo e o terceiro dia- e o meu algoz não apareceu. Pude respirar, novamente, como homem livre. O monstro, aterrorizado fugira para sempre de casa. Não tornaria a vê-lo! Minha felicidade era infinita! A culpa de minha tenebrosa ação pouco me inquietava. Foram feitas algumas investigações, mas respondi prontamente a todas as perguntas. Procedeu-se, também, a uma vistoria em minha casa, mas, naturalmente, nada podia ser descoberto. Eu considerava já como coisa certa a minha felicidade futura.
No quarto dia após o assassinato, uma caravana policial chegou, inesperadamente, a casa, e realizou, de novo, rigorosa investigação. Seguro, no entanto, de que ninguém descobriria jamais o lugar em que eu ocultara o cadáver, não experimentei a menor perturbação. Os policiais pediram-me que os acompanhasse em sua busca. Não deixaram de esquadrinhar um canto sequer da casa. Por fim, pela terceira ou quarta vez, desceram novamente ao porão. Não me alterei o mínimo que fosse. Meu coração batia calmamente, como o de um inocente. Andei por todo o porão, de ponta aponta. Com os braços cruzados sobre o peito, caminhava, calmamente, de um lado para outro. A polícia estava inteiramente satisfeita e preparava-se para sair.O júbilo que me inundava o coração era forte demais para que pudesse contê-lo. Ardia de desejo de dizer uma palavra, uma única palavra, à guisa de triunfo, e também para tornar duplamente evidente a minha inocência.
- Senhores - disse, por fim, quando os policiais já subiam a escada -, é para mim motivo de grande satisfação haver desfeito qualquer suspeita. Desejo a todos os senhores ótima saúde e um pouco mais de cortesia. Diga-se de passagem, senhores, que esta é uma casa muito bem construída... (quase não sabia o que dizia, em meu insopitável desejo de falar com naturalidade) Poderia, mesmo, dizer que é uma casa excelentemente construída. Estas paredes - os senhores já se vão? -, estas paredes são de grande solidez.
Nessa altura, movido por pura e frenética fanfarronada, bati com força, com a bengala que tinha na mão, justamente na parte da parede atrás da qual se achava o corpo da esposa de meu coração.
Que Deus me guarde e livre das garras de Satanás! Mal o eco das batidas mergulhou no silêncio, uma voz me respondeu do fundo da tumba, primeiro com um choro entrecortado e abafado, como os soluços de uma criança; depois, de repente, com um grito prolongado, estridente, contínuo, completamente anormal e inumano. Um uivo, um grito agudo, metade de horror, metade de triunfo, como somente poderia ter surgido do inferno, da garganta dos condenados, em sua agonia, e dos demônios exultantes com a sua condenação.
Quanto aos meus pensamentos, é loucura falar. Sentindo-me desfalecer, cambaleei até a parede oposta. Durante uminstante, o grupo de policiais deteve-se na escada, imobilizado pelo terror. Decorrido um momento, doze braços vigorosos atacaram a parede, que caiu por terra. O cadáver, já em adiantado estado de decomposição, e coberto de sangue coagulado, apareceu, ereto, aos olhos dos presentes. Sobre sua cabeça,com a boca vermelha dilatada e o único olho chamejante, achava-se pousado o animal odioso, cuja astúcia me levou ao assassínio e cuja voz reveladora me entregava ao carrasco. Eu havia emparedado o monstro dentro da tumba!

Edgar Allan Poe et alii. Histórias fantásticas. Coleção Para Gostar de Ler. São Paulo: Ática, 1996.

Escreva seu comentário sobre a leitura do conto. Lembre-se que você deve dizer se gostou ou não e justificar sua resposta. Não esqueça de se identificar, com seu nome, série e turma.

Pirataria na Internet

Leia o texto abaixo, retirado do site http://www.apcm.org.br (Associação Antipirataria Cinema e Música) e faça um comentário a respeito do assunto, expondo a sua opinião sobre o tema.


PIRATARIA

Pirataria é a apropriação, reprodução e utilização de obras (escritas, musicais ou audiovisuais) protegidas por direitos autorais, sem devida autorização. Ela pode acontecer de diferentes formas, desde a compra de CDs e DVDs falsificados, até o download de arquivos pela internet. Independente dos meios, a pirataria é qualificada como crime, e é punida como tal. Por ser um fenômeno que cresce bastante atualmente, principalmente por conta da expansão da internet de banda larga, é necessário saber identificar e combater a pirataria.

PIRATARIA E A LEI

Baixar vídeos na internet, produzir e vender DVDs piratas são atividades classificadas como crime pela lei de nosso país, tanto leis federais quanto estaduais. A qualificação da pirataria como crime se encontra no Código Penal, no Art. 184, que fala sobre a violação dos direitos do autor e os que lhe são conexos, e tem uma pena de detenção de três meses a um ano ou multa. Além disso, nos seus primeiros 3 parágrafos, são dados detalhes do que é qualificado como pirataria:

- O primeiro parágrafo classifica como crime qualquer reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto, ou indireto, por qualquer meio, de obra intelectual sem autorização expressa do autor, do intérprete ou executante, ou de quem a represente. Pena: reclusão, de 2 a 4 anos, e multa.

- O segundo parágrafo também acrescenta como violação qualquer tentativa de lucro através de distribuição, venda, armazenamento, ocultação, exposição à venda, empréstimo e introdução no país, de original ou cópia de obra intelectual reproduzido com violação dos direitos de propriedade intelectual. Estão também incluídos nesse parágrafo, aqueles que alugam.

- E o terceiro parágrafo caracteriza como violação da propriedade intelectual o oferecimento público de qualquer obra sem autorização, mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema, com objetivo de conseguir lucro. Pena: reclusão, de 2 a 4 anos e multa.

5.1. Outras Leis envolvendo pirataria

5.1.1. Lei nº 9.610/98 (Direitos autorais): qualquer atividade realizada com uma obra sem autorização do seu autor se caracteriza como crime de contrafação (cópia não autorizada de uma obra, total ou parcial). (art. 5º, VII, i)

5.1.2. Lei nº 8.078/90 (Código de Proteção e Defesa do Consumidor): estabelece que a prática de contrafação é crime, pois induz o consumidor ao crime. (art. 66)

5.1.3. Lei nº 8137/90 (Crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo): identifica também como prejudicados pela violação dos direitos de propriedade intelectual, além dos autores e consumidores finais, também a União Federal, os Estados e Municípios, que deixam de arrecadar impostos. (art. 7º, VII)

Obs: o crime de pirataria ainda pode ser associado com outros, como formação de quadrilha ou bando.

PIRATARIA NA INTERNET

Pirataria na internet é o download ou a distribuição não autorizada de conteúdos protegidos por direitos autorais, tais como filmes, músicas, programas de televisão, vídeo-clipes ou programas de computador, com ou sem intuito de lucro. A distribuição e o download ilegal desses conteúdos se dá de diversas formas, inclusive por meio de redes P2P (peer-to-peer) de compartilhamento de arquivos, como e-donkey, bit torrent e gnutella, e por meio de discos virtuais (como rapidshare e megaupload). Nessas redes e sistemas, um único arquivo disponibilizado pode resultar em milhões de downloads ilegais.
A Internet também é amplamente utilizada para a venda de mídias físicas contendo obras musicais e audiovisuais reproduzidas ilicitamente, contexto em que ganham relevância redes sociais e sites de leilão, constantemente sob monitoramento.
Legendas – Atividade ilícita
A tradução para qualquer idioma de obra protegida por direitos autorais depende da autorização dos titulares, nos termos do inciso IV do artigo 29 da Lei de Direitos Autorais e nos termos do artigo 8º da Convenção de Berna, ratificada e em vigor em quase todos os países do globo.
Desta forma, a confecção de legendas e sua disponibilização para download constitui violação de direitos autorais e, como tal, deve ser reprimida, o mesmo ocorrendo com a dublagem.
O Brasil possui comunidades destinadas à tradução e à confecção de legendas para obras originalmente em língua inglesa, atividade que, independentemente da obtenção de lucro, viola direitos autorais.
É importante destacar que a única finalidade das referidas comunidades é permitir que não falantes da língua inglesa possam assistir a cópias piratas de filmes e de seriados antes que sejam legalmente disponibilizados no Brasil, de maneira que são um elo na cadeia de violação de direitos que se inicia com o camcording ou com outro tipo de reprodução ilícita do exemplar original.
Encartes e material gráfico em geral
A disponibilização, por meio da Internet, do material gráfico relacionado a algum filme específico é atividade ilícita, proibida pela legislação em vigor. Os direitos de propriedade intelectual que recaem sobre esse material pertencem aos titulares de direitos das obras cinematográficas, e sua disponibilização, por qualquer meio, depende de sua autorização.
Sites de Leilão
A falsa percepção de que atividades privadas na Internet se dão de maneira anônima leva criminosos a oferecerem produtos piratas nos diversos sites de leilão virtual disponíveis na Internet. Assim como ocorre com ofertas ilegais em redes de relacionamento e em websites comuns, vendedores de sites de leilão são identificáveis, e podem ser punidos.

AFIRMAÇÃO
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JUSTIFICATIVA
Ao fazer download ilegal de arquivos de uma rede P2P (peer-to-peer), as entidades que protegem os direitos autorais podem rastreá-lo e saber quem você é.
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O IP de qualquer usuário de redes P2P, ou mesmo de redes de IRC, MSN, e-mails e sites em geral é facilmente identificável, ainda que o IP do usuário seja dinâmico. Com isso, o pirata poderá ser alvo de ações judiciais por violação de direitos autorais.
Baixar músicas ou filmes na Internet para uso pessoal ou sem intuito de lucro não é ilegal.
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Muitos usuários dizem que baixar para uso pessoal não é ilegal, mas baixar, transferir, copiar e distribuir músicas ou filmes sem autorização dos titulates constitui violação aos direitos autorais, nos termos da legislação em vigor.
Baixar filmes e músicas e apagá-los dentro de 24 horas isenta o usuário de responsabilidade.
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Os sites ilegais ou usuários normalmente acham que se apagarem o arquivo em 24h não terão problema algum, mas isso não passa de um mito. Colocar este aviso em um site não isenta o administrador de responsabilidade civil ou criminal.
Sites que apenas indicam links para o download de filmes não cometem nenhuma violação, já que os arquivos ilegais estão hospedados em outro lugar.
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Sites e blogs destinados à compilação de links para download de obras ilegalmente disponibilizadas fazem parte da cadeia de distribuição ilícita de conteúdo, e participam da violação de direitos.
Sites registrados em outros países não podem ser localizados, e seus administradores estão isentos da jurisdição brasileira.
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Investigações de sites hospedados no Brasil têm exatamente o mesmo grau de complexidade que investigações de sites hospedados em provedores estrangeiros, e seus administradores serão responsabilizados onde quer que se encontrem, inclusive no Brasil. Vale lembrar que quase todos os países do mundo são signatários da Convenção de Berna, que protege direitos autorais.
Disponibilizar trechos de filmes no YouTube ou em sites semelhantes não é ilegal, já que só se proíbe a reprodução integral da obra.
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A disponibilização de conteúdo protegido por direitos autorais depende de autorização dos titulares, ainda que se trate de pequeno trecho.


Retirado do site: http://www.apcm.org.br/pirataria.php. Acesso em 21/jun/2012.

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2. Quem é a favor? Por que?
3. Quem é contra? Por que?